EE Governador Milton Campos
Em 22 de outubro de 2020,
A preceptora Lilian iniciou a reunião com o vídeo “Química - Misturas
Homogêneas e Heterogêneas - 1A EM - 04/06/20”. Este vídeo foi fornecido no
programa de TV Se Liga na Educação que é transmitido diariamente na Rede Minas
de segunda a sexta-feira pela manhã, além de ser disponibilizado no Youtube no
canal Escola de Formação.
A Lilian nos chamou a atenção
para a parte do vídeo sobre misturas homogêneas e
usou como exemplo a composição do ar atmosférico, no entanto a composição do ar
atmosférico apresentada no vídeo estava totalmente errada, como pode ser
observado na Figura 1.

Figura 1. Parte do vídeo em que mostra o
gráfico com a composição do ar atmosférico.
(Acesso do vídeo pelo
link: https://www.youtube.com/watch?v=8FlK4x01QPE)
Tentamos entender o motivo desse
erro ter sido passado nesse vídeo. No começo falamos sobre a professora de
química, se ela no momento não percebeu o erro, porém questionamos por que o
vídeo não passou por uma revisão antes de ser transmitido na TV para os alunos.
Procuramos também na fonte mostrada no vídeo, apesar de não estar bem
referenciada, para ver se essa informação se encontrava no site, e tivemos
outra surpresa, os valores que correspondem aos apresentados no vídeo são
referentes a composição média do biogás por fermentação (Fig. 2)
Figura
2.
Tabela encontrada na fonte do vídeo: site energiasrenovaveis.com.
Provavelmente
a ideia da preceptora em introduzir a reunião com o vídeo foi induzir assuntos
e críticas pertinentes não só aos materiais de estudo tutorado fornecidos pelo
estado de Minas Gerais para serem trabalhados nas escolas ensino público, mas
também mostrar que eles tem acontecido nas vídeo aulas. O que podemos perceber
diante das falhas encontradas é que esta metodologia de ensino tem deixado
muito a desejar diante da seriedade e comprometimento que deve ser a educação
com ensino e aprendizagem de qualidade.
Foi dada continuidade na
apresentação dos PETs do primeiro ano (volumes 4 e 5). Percepções obtidas de
uma breve comparação dos volumes anteriores com estes finais apresentados foram
que algumas melhorias em termos de referência do conteúdo, maior volume de
conteúdos e coerência com a disciplina e as atividades propostas, tiveram
modificações significativas. No entanto, ainda sim tem partes que apresentam-se
como tópicos aleatórios e sem sentido no texto o que é preocupante já que será
apresentado a jovens sem muita experiência com o conteúdo ali disponível e que
precisam de muita atenção para compreender como deve.
Algumas observações foram feitas
mais específicas no caso do PET 5: misturas de termos desconhecidos e confusos;
apresentação de conteúdos na forma de macetes ou esquemas pouco explicativos ou
que induzem apenas decoreba dos conteúdos. O que pode-se depreender disso é que
os conteúdos da ciência da natureza, como no caso da Química, demandam mais
atenção para aprendizado. Os esquemas devem ser introduzidos de maneira muito
bem pensada para não afetar negativamente o processo de assimilação do
conhecimento.
Nesse sentido, fizemos uma discussão bem ampla
sobre os aspectos a que estão sujeitos os alunos e professores quando encaram
esses materiais juntamente com a distancia e instabilidade do momento atual. O
que preocupa a muitos professores e também a nos que estamos em formação é cada
vez mais o desinteresse gerado para os alunos diante dessa forma de apresentar
o conhecimento.
Em constante vivência com outras
situações adversas ao desenvolvimento da educação que são recorrentes no
ensino público, a preceptora Lilian fez comentários sobre a situação atual do
EJA, com o distanciamento social adotado. Nesse período agora, após contato com
algum material enviado pelo governo, assim como ocorreu para as outras turmas,
as turmas de EJA foram claramente prejudicadas pela atitude tomada pelo estado.
O proposto nas últimas semanas foi que os professores responsáveis pelas turmas
elaborassem o próprio PET fazendo um apanhado dos conteúdos e que isso serviria
de avaliação para os alunos prestes a concluir o EJA.
O prazo para montar as atividades foi curto e
é claro os alunos também foram prejudicados nisso, portanto, impossibilitados
em muitas situações de concluir um plano ou projeto que estavam guiando já há
algum tempo. Dessa forma, mais uma vez existem falhas que não parecem ser devido
a pequenos descuidos recorrentes no trabalho dos organizadores e sim demonstra
a pouca empatia e comprometimento dos responsáveis pelas ordens dadas a escolas
e professores. A questão recorrente é que o número de evasão irá só aumentar
diante desse descaso com a educação.
E como de costume, segue a foto
da nossa do grupo de trabalho. Até breve!
Texto por Natália Rocha, Mayra Resende e Pedro
Ramos